domingo, 23 de fevereiro de 2014

O meu processo de entendimento das coisas da vida é lento e defeituoso, semelhante a minha cicatrização quanto aos cortes físicos com pontas de facas ou às tatuagens e piercings que resolvo manter como uma espécie de “modificação e diferenciação” dos outros. Agora que me dei conta, tentando levantar um breve historio sobre o eu, concluo:

Só aprendi a lógica da matemática nas férias de final de ano, quando estava prestes a iniciar a 4ª série – enchi um caderno antigo com contas de multiplicar e dividir (as mesmas que me não me permitiram ir ao recreio por UM ANO inteiro, por não acertá-las, finalizá-las, seguir em frente, na terceira série, uma espécie de punição ditada pela professora Adriana que sempre gritou tão alto comigo (por anos a odiei))...; sempre fui bom em acentuar palavras, porém, de fato só apreendi o processo quando já um adolescente velho (meio que um estalo de luzinhas acima da cabeça, como nos desenhos animados); feridas de amor permanecem escondidas, nós que damos ou não a devida importância à sua existência (ideia concluída ontem, enquanto gravava um áudio para um amigo que sofre de desamor crônico); os contos de Caio F. Abreu são de verdade (sofridos na carne minha), a poesia é de verdade (idem), a literatura é uma doença contagiosa e pungente da verdade (repetições). Eu sou um monstro do amor que teima em permanecer vivo (até quando? Essa ideia foi devidamente compreendida por mim?).


Amanhã é segunda feira e eu vou tentar acordar o mais tarde que puder para quem sabe assim, sonhar por mais tempo. Ser ilógico é um processo da vida, defendido por mim. Paro tudo o que disse: me desdigo!

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