e todas as vezes que entro em casa, triste, pela porta da
frente e minha mãe está por perto e percebe “meus olhos de cão”, me segue até o quarto, fica encostada na porta falando sobre todos os assuntos do mundo e
me fazendo várias perguntas que me distanciem dos temas do desespero e lamúrias. oferece pão,
macarrão, sorvete, tudo o que eu mais gosto só pra me ver desfocado das possíveis lágrimas
como desabafo. e ela faz como se fosse
um ritual que sei, exige muitíssimo dela. ela fala rápido e eu sempre noto um pouco de desespero na voz. as mães não existem!
- perdão, mãe, teu filho não presta. é o que sempre
concluo. e repito.
p.s. hoje ela fez torta de abacaxi, mesmo sem vontade alguma, mas sabe que é a minha preferida. e eu ajudei me aliviando um pouco do peso que fui eu na tarde.
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