quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

e todas as vezes que entro em casa, triste, pela porta da frente e minha mãe está por perto e percebe “meus olhos de cão”, me segue até o quarto, fica encostada na porta falando sobre todos os assuntos do mundo e me fazendo várias perguntas que me distanciem dos temas do desespero e lamúrias. oferece pão, macarrão, sorvete, tudo o que eu mais gosto só pra me ver desfocado das possíveis lágrimas como desabafo.  e ela faz como se fosse um ritual que sei, exige muitíssimo dela. ela fala rápido e eu sempre noto um pouco de desespero na voz. as mães não existem!
- perdão, mãe, teu filho não presta. é o que sempre concluo. e repito.


p.s. hoje ela fez torta de abacaxi, mesmo sem vontade alguma, mas sabe que é a minha preferida. e eu ajudei me aliviando um pouco do peso que fui eu na tarde. 

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