sábado, 13 de julho de 2013

E

hoje eu acordei intenso e latejante, como aquelas bolhinhas de queimadura no dedo. Respiro leve pra não interromper a velocidade comum do processo respiratório/transpiratório. Meio Karenina, meio Gregor Samsa, vou seguindo no labirinto do dia sentindo as deformidades do existir, do estar sendo, do ter sido do medo do que estar por vir. E o dia inteiro será uma batalha. Preciso dormir envolto no amor, senão, declinará algum órgão interno dessa máquina toda defeituosa chamada eu.  O meu plano pra hoje vai ser deitar na cama e esperar o dia passar por entre os meus olhos. Que o sono venha como processo da conclusão do medo ou do enjoo do estar sendo. Mas, lá no fundo, estou clamando para estar errado.

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