E
hoje eu acordei intenso e latejante, como aquelas bolhinhas
de queimadura no dedo. Respiro leve pra não interromper a velocidade comum do
processo respiratório/transpiratório. Meio Karenina, meio Gregor Samsa, vou
seguindo no labirinto do dia sentindo as deformidades do existir, do estar
sendo, do ter sido do medo do que estar por vir. E o dia inteiro será uma batalha.
Preciso dormir envolto no amor, senão, declinará algum órgão interno dessa
máquina toda defeituosa chamada eu. O
meu plano pra hoje vai ser deitar na cama e esperar o dia passar por entre os
meus olhos. Que o sono venha como processo da conclusão do medo ou do enjoo do
estar sendo. Mas, lá no fundo, estou clamando para estar errado.
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