quarta-feira, 17 de julho de 2013

[...] saiu da loja, fazia frio, comprou chocolate e caminhou em direção a tristeza ritmada do mar. Volta e meia percebia que pisava em algo, a mesma sensação de quando um maldito chiclete gruda na sola do sapato. Não era chiclete nenhum, era uma cauda grande e felpuda, semelhante a de uma raposa vermelha. Não saberia descrever se a tal cauda complementava na cor da sua camisa xadrez flanela vermelha ou no seu Converse azul escuro. Não sabia, só sentia - não necessariamente algo voltado pra composição de cores, entende? Ela era felpuda e se chamava soletude. Parou. Foi deitar às 210832 com dor no estômago pra mais um dia de caudas. Amanhã eu saio de verde musgo, dizem que combina com vermelho-cauda-raposa-vermelha.

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