a inquietação de ser beira o meu estado
tremelique patológico. Nasci com essa marca registrada do sentir que fura os
olhos, bate na cara, cospe no rosto, violenta a carne que grita e reverbera e
isso tudo sem sair do lugar comum: estou inerte. Todos os dias eu durmo na
esperança de acordar heterônimos que sejam imensamente quanto foram os Dele;
adentrar outras identidades líquidas, me esvair em sorrisos presentes
duradouros e não classificáveis, publicar um texto de revolta no jornal, gritar
ainda mais: preciso de todos.
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