sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Página 50


"Num sopro leve, mas que no fundo deveria ser uma explosão, D. consegue levantar a cabeça, olhar bem fundo nos olhos de F. e falar (e dai por diante, nada mais foi controlado,tudo simplesmente aconteceu):
- Dei-te mais de 50.000 palavras. Palavra é o meu Eu mais intenso que entrego ao outro. O silêncio novamente paira, mas no fundo D. clamava para que o silêncio vindo do outro se revertesse em dizeres de proporções pesadíssimas, como por exemplo "Eu nunca disse, mas talvez a importância de tudo seja o fato de você ter me dado brecha pra tornar-me humano. É, foi você que me permitiu ser gente". Mas nada disso aconteceu e novamente um gole cabal de silêncio foi ingerido".

Um comentário:

Tay disse...

Saudades daqui, Magno... i.i *lendo os textos que perdeu*