Querência de
canções
para preencher
âmago
de multidões
para abarrotar os
espaços ocos
do ventre
apodrecido
do não existir
Querência de
avencas ou violetas
como resposta aos
suspiros
e vontade de
calmaria instantânea
Querência da água
do mar
para lavar o
espírito fatigado
e o dente cariado
que não cessa a
dor
Querência de
concha marinha
em espirais
como beleza para
os olhos
cansados
e barulho íntimo
para repouso do
corpo-torpor
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