São 3h da manhã. Pink Floyd toca no silêncio absurdo desse
quarto de Hotel não mais querido. Estou bêbado e impaciente, quero voltar pra
casa. Cacaso me acompanha nas viagens intergalácticas pelo mundo do impossível
para os mortais e eu penso que ainda há uma saída – talvez pela porta traseira.
Acabei de escutá-lo dizer “Adeus, mundo, eu não sou daqui”. Calo-me. Vou vomitar
a vodca que ingeri agora há pouco e fingir não desejar quem eu desejo entrando
pela porta da frente dos meus olhos, engolindo pelo desejo do agora e de ontem.
A vida é instante.
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