Num estalo advindo de uma SMS, hoje mais cedo – quer dizer,
ontem, porque hoje já é hoje, independentemente de eu ainda não ter dormido – um
amigo de longe se inquieta e lança-me uma questão deveras pertinente e de uma
sensibilidade tremenda: será que no mundo das coisas, as coisas se compadecem
de nós, há tristeza, compaixão para conosco, uma análise apurada, ou mesmo
simplória, de sentimentos e sensações, como há em nós, muitas vezes e por
muitos de nós quando nos vem à cabeça a imagem de um cachorro, um gato, uma
pedra imovível, a água dum riacho que sempre passeia pelo mesmo lugar de
sempre, a dor que uma formiga sentiu ao ser pisada, uma cadeira parada numa
sala de estar? Há loucura suficiente em não pensar em nada? Deixarei a
metafísica de lado. Entendem?
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