quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013


.Restos de carnaval II.
Parece contradição e assim o é, como posso estar novamente enganado pelas emoções de sempre, mas es que volto do carnaval mais divertido do Brasil e cá estou eu, além de cansado, monótono: Brigas e palavras cruas trocadas com um dos meus (também carneiro de fogo com longos chifres e coração) por um mal entendido, casualidade, não encontro, não serpentinas e confetes no ar; rosto meu cansado, cara feia de bicho não interessante, autoestima grau Celsius negativo; grana pouca nos bolsos, somente moedas com aquele barulho chato de poucas possibilidades, peito de esperanças rosado diante do céu nublado; sutil medo da volta à realidade dos dias. Sou agora a grande metáfora da cidade do Recife: ser feliz por apenas uma semana durante um ano todo! Meu nome então é carnaval? Tô fodido, não quero tal condição pra mim é pesada demais e já carrego as outras por culpa, obrigação, impressão, medos. Agora vem a luta de concentrar tudo o que é positivo, disposição e amor pra ver se levanto os olhos e corro pra batalha sangrenta  da sobrevivência. Dia típico de fim. E na verdade já previa essa pré-depreciação-pós-carnaval-realidade-crua.
p.s. copo de suco no chão, Korzeniowski de fundo, mala entreaberta, lápis com a ponta quebrada. mas apesar de tudo, lembranças de toques do amor, sorrisos, fantasias, Caravana Sereia Bloom que vão prevalecer, ah se vão!

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