Os corpos dos
afetos
querem banhar-se
querem banhar-se
na linha contínua
dos arranhões nas costas
do pré-pós-gozo;
dos arranhões nas costas
do pré-pós-gozo;
dos sorrisos vindouros
do amanhã, em plural,
nascido e embalado
pelos braços enroscados,
os dedos em tons de sol.
os corpos dos afetos
gritam com cheiro de vinho
a madrugada aos uivos
e digladiam-se
com o peso dos olhos escuros:
pedem bis,
rolam no chão,
chupam-se com poesia.
e no final,
pelos braços enroscados,
os dedos em tons de sol.
os corpos dos afetos
gritam com cheiro de vinho
a madrugada aos uivos
e digladiam-se
com o peso dos olhos escuros:
pedem bis,
rolam no chão,
chupam-se com poesia.
e no final,
os corpos dos
afetos
insistem em manter a sanidade
do gostar ainda viva
entre idas e vindas,
km e línguas,
insistem em manter a sanidade
do gostar ainda viva
entre idas e vindas,
km e línguas,
vontade dos braços
enroscados no
amanhã
em maiúscula.
em maiúscula.
Um comentário:
que coisa mais divina esse poema.
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