terça-feira, 11 de dezembro de 2012


Hoje teve um óbito na rua. Na verdade ele morava por trás da minha casa, éramos vizinhos relativamente distantes. Era um senhor simpático, gentil e muito doce que amava os animais. Em seu quintal ele criava de tudo um pouco, desde bicho a várias espécies de plantas. Tinha um gato chamado “ourinho” e essa relação era bonita demais de se ver, em qualquer lugar que ele ia, o Ourinho ia atrás. Certo dia o gato entrou aqui em casa e, prontamente a sua procura, o velhinho chamou-o pelo nome e o Ourinho foi correndo. Da última vez que os vi juntos, Ourinho estava no ombro esquerdo do senhor, enquanto passeavam na rua, meio equilibrista, ele se quer escorregava. Meses depois dão veneno ao gato e ele morre. O velhinho então nunca mais chamou por Ourinho. Soube até que depois ele começou a criar outro gatinho amarelo, bem semelhante, mas creio não ter superado, e isso fica evidente justamente por ele ter procurado um outro gato com tais semelhanças. Há mais ou menos um mês soube que ele, o senhor, estava muito doente e passeando com Nina o vi sentado numa rede, muito magrelo e sem vida. Fui espantado correndo falar pra minha mãe e perguntar se ele estava doente e o que tinha acontecido. Ela me confirmou a fatalidade. Hoje soubemos que ele tinha falecido, novamente passeando com Nina, passamos em frente à casa dele, muitos carros na porta, muita gente dentro de casa, muito silêncio acontecendo. Ele deixou esse mundão doido e talvez vai descansar agora. A gente nunca sabe dizer se isso é bom ou ruim. Voltei pra casa pensando em escrever um texto, este, sobre o senhorzinho tão simpático, de alguma forma estou dizendo o quão foi bonito ver a sua dedicação para com os animais e as suas plantas, sua gentileza ao conversar com minha mãe, os cumprimentos quando nos encontrávamos na rua.

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