Tenho
guardadas -
na caixa
de amoras
que fica
prensada
nos dedos
dos pés -
palavras
mudas
que
escapolem
a todo
momento
numa fuga
fria
e
clandestina.
Vai crescendo
de dentro
da cabeça,
como meus
cabelos.
Tenho fome
de não
sei do quê.
Minha música
é ranger
os dentes,
minha paz
está em
molhar
os lábios
com a
língua alheia
que encontra-se
na Oceania,
fazendo
parte
da minha
colcha de retalhos
chamada
retórica.
Um comentário:
tô sempre voltando pra reler este poema.
a proposito, ele ficou esteticamente belo, percebeu? :)
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