Queria postar hoje. Na verdade postar é uma precisão tão
estranha que parece ter vontade própria, mesmo sendo redundante tal afirmação. Mas
não deu, não consegui completar os versos, duas estrofes começaram a brigar e
não deu certo. Fui apartar, mas não deu jeito. Ausência entrou em conflito com a Permanência e o Medo do
coração falhar, conflituoso como é, saiu batendo em todas as palavras de
vogais fortes e vibrantes. Achei que era muito complicado ter que lidar com
essa mistura nada comportada, então, por isso, resolvi deixar a poesia pra
outro dia. Vi o maravilhoso Café Müller,
de Pina Bausch, Buñuel e li um pouco de Virginia Woolf – incrível com o cerrar
de olhos. Agora, Meat is murder, da
The Smiths, toca na playlist e eu fico por aqui ansiando novos ares e destreza
o suficiente pra poder lidar com a palavra que é uma louca desvairada e sempre
vai dizer. Tenho mais pra falar, coisas que envolvem alma, amor e outras bugigangas,
porém já são 00:08. E não falar, ao menos por agora, pode resolver muita coisa.
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