quinta-feira, 28 de junho de 2012


Hoje eu não quero dormir. Deitar vai ser insuficiência para poesia de mim. Dedos e pálpebras consolidam um balé estranhamente em composição de fricções. Corpo pede sossego, cabeça em disparato, quer correr pra longe do estar e viver a permanência do ser. Contradição é salto ontológico. Vou fazer uma xícara de chá. Esperem-me. A noite toda se construirá em tons de eu, poesia e a enorme liberdade (que me foi dada assim que pelos cresceram, voz engrossou), sendo ela um cálculo matemático mirabolante -  daqueles que pra mim, não passam de hieróglifos chineses, não servem pra muito -, sem saber eu o que fazer com ela, para onde correr. 

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