sexta-feira, 4 de maio de 2012


Uma volta

Faltam-me palavras lambuzando o gostoso do dizer. Erro nos signos fonéticos, sintáticos, semânticos, então, dou razão e voz ao peito que transborda abundância em matéria prima de sentir. Calo-me e não digo o que ainda iria criar raiz e significados no dizer. Estanco a língua portuguesa, deixando a sinestesia desfilar no baile de fantasias com nomes estranhos e tamanhos vários: então, cronologicamente, venho me mais, abraçando, poesia mais, velejando, carne, sussurros e girassóis ouvidais, pele-língua-telegrama, Entremeios, ciranda de sorrisos tímidos e de canto do olho com luz; mais não somente outonais. Primaveril também em estado florido de água-solar, eu e outros eus passarinhos e metamorfose de fotossínteses brisais. Amanheço e luarado mais, voo. Doce no canto da boca de beija-flor. Intransitivo ímpar nos dias de cotidiano: teadoro. Neologisticamente.
P.s. Bandeira me sorri.

A ele, com rodopios e fricções!