terça-feira, 29 de maio de 2012


Paro.
abro uma cerveja.
a espuma congelada escorre sobre o seu corpo. Analogias.
sua saliva quando enroscada na palma das minhas papilas. Ácido, açúcar e gelo, por favor!
Corpo cru, vontade de goles. Espero. Paro novamente.
Bebo e em seguida vomito os seus limites e as minhas ânsias de dentes rangendo. Apertando.
Sigo. Levanto do bar. Mijo no canto, marcando território. Sou cão no cio e pronto pra briga.
sento, um amigo pede coração, dilacera-os nos dentes que trituram carne. Corpo. Poesia. com agilidade e esperteza. Observo já cambaleado. Sinto inveja, nasci com o erro irreparável de dentes que rangem quando coração na boca. Falho. sou o mau do meu século. Mutação. Atrofiei no meio do caminho.
levanto, aceno com os braços indicando adeus.
paro no córrego seguinte, abaixado penso em vomitar, mas nada porém. Então sigo com um punhado de liberdade no bolso da calça sem saber o que fazer com ela, sentindo as luzes da cidade acompanhando a minha sombra. Um carro buzina.

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