O peito bate na porta: a porta não abre. O peito grita e
balança o rabo de contentamento: nada! Está frio lá fora. A consciência martelando
- numa espécie de gerúndio insistentemente vadio, sem razão, inconcluso, a
golpes e goles fartos - a expulsão de novas palavras para a completude dos
ciclos. O peito cala, a porta não abre. A melancolia entra em cena, os olhos já
ardem de sono da noite anterior. O rabo congela, não quer mais balançar: vou
pegar as minhas trouxas-tralhas e caminhar na rua do sono até amanhecer,
escutando o barulho do relógio e Kid A. trancarei os processos enfadonhos que
não estão dispostos a embarcação alguma. As velas rasgadas, apagaram-se. Sento na
calçada, vejo um rabo congelado, estou com o meu casaco na bolsa. Jogo a chave
da consciência no emaranhado da lama. Chove, além do ponto.
Um comentário:
"gerúndio" é acentuado porque é paroxítona?! E "paroxítona" é um proparoxítona?!
Postar um comentário