segunda-feira, 11 de julho de 2011

E tudo começa assim, prolixamente dois pontos

acabo de olhar para o meu diário (o único que consegui manter durante meses e meses por entre uns anos) e percebi que o abandonei, como os outros. Talvez tenha o trocado para me entregar a este ciberespaço de proporções ilimitadas em que posso agregar as diversas formas de explosões de mim, dando a forma de sei lá o que; um recipiente que consigo despejar mirabolantes e mirabolantes finos fios de, também sei lá o que, que incomodam por dentro, como um bicho grande preso numa jaula pequena. No fundo eu quero é ser múltiplo e fazer com que as minhas pobres moléculas alastrem-se em cada vão objeto espalhados pelo o meu quarto. Vivo dizendo que não sei o que sou e o que sinto, mas minto, e minto em grande escala, porque nesse caderno/diário e neste blog-ouvidos-olhos-amigo-diário-paciência eu segmento e fragmento tudo aquilo que me assombra, seja positivamente, feito a sustentação do que pode ser o próximo/primeiro "romance" de minha autoria, ou negativamente - falo de sentimentos, essas merdas subjetivas que fazem a gente sangrar e gritar e chorar e bla bla bla. Pra esse ponto, é quase indispensável a presença do outro. é porque o outro sempre e sempre e tanto e sempre está em contato comigo, porque eu também sou de viver em bandos, porque o outro sempre me ensina a enxergar particularidades que passam despercebidas por mim.(ad infinitum).

Hei, do que eu estava falando mesmo?
Ah, lembrei. No fundo eu estava falando em abandono.

Nenhum comentário: