domingo, 13 de setembro de 2009

Um grito de perdão.

Na última Sexta-Feira eu literalmente morri. Fui capaz de fazer, acredito eu, a maior loucura que poderia ter feito a mim. Até então, dizia sempre a todos os mais próximos que eu não tinha mais medo de nada, estava assustado por não ter mais medos e queria ir embora.
Encontro-me agora no estado mais inerte em que já me encontrei e já posso dizer que estou vivo, mesmo ainda não me sentindo completamente, e que aprendi  e destrui muitas coisas que antes gritavam muito forte dentro de mim, não me fazendo bem.
Eu tive que morrer para saber que preciso permanecer vivo. Ainda não sei muito bem, mas preciso.
Estive morto enquanto estava deitado no colo da minha irmã, que estava desesperada, dentro do carro em direção ao Hospital mais próximo. Nesse momento eu literalmente morri e só conseguia ver as luzes da cidade batendo em meu rosto, em meu rosto, em meu rosto.
Eu devo um pedido de desculpa a todos que se preocuparam comigo, pois no fundo eu não tenho o direito de deixar todos no chão, eu não tenho esse direito. Eu não tenho o direito de ferir as pessoas com a minha ausência, como tentei fazer. Peço desculpas, devo desculpas a todos que choraram e gritaram por mim; e eu simplesmente fui o mais egoísta pensando em ir embora da forma mais dolorida, não pra mim, mas para os outros.
Eu espero que todos possam me desculpar um dia.
Podem ficar calmos,eu não farei mais, ou ao menos sinto isso. Eu simplesmente só vou escrever,vou escrever tudo para poder me entender cada vez e cada dia mais, pois eu só vivo porque escrevo.
Espero que todos possam me desculpar um dia.
Magno Almeida.

Nenhum comentário: