sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Acabo de ler uma notícia sobre a morte de uma gambá de orelha preta que foi espancada até agonizar num chão frio de um prédio. A pessoa que relatou o acontecido não estava presente no ato do espancamento cometido por algum covarde tenebroso que, sequer, respeitou um bicho indefeso que sangrava e agonizada enquanto as porradas com um cabo de vassoura aconteciam. Os gambás são mestres em fingir sua morte e, talvez por essa proeza, o agressor tenha parado os golpes deixando o animal no chão. Graças aos deuses, há burrice demais em alguns dessa espécie chamada homem.
Horas depois, ela, a gambá, foi resgatada por uma moradora, (a mesma citada acima, quem relatou o caso) e percebeu que havia 8 filhotes na bolsa marsupial. Os filhotes não sofreram agressão, pois a mãe gambá sofreu a agressão e continuou na mesma posição-protetora a noite inteira – de barriga pra baixo!
A moradora tentou salvá-la, mas o animal já sangrando muito, com os dentes quebrados e extremamente debilitado, veio a falecer. Os filhotes foram entregues à polícia ambiental, passam bem e, talvez, estejam protegidos de possíveis crueldades cometidas por imbecis humanos.
Agora, pós notícia, esmoreço nessa madrugada. Há um nojo pela maldade humana – da qual eu também faço parte, eu sei! Mas me acalento um pouco ao saber que a gambá, mesmo com todo o sofrimento, protegeu a sua cria pelo "instinto animal" e sobressaiu nessa história como uma heroína, ultrapassando as possibilidades mentais dessa figura humana agressora, insensível, cruel.

Bobagens e/ou não à parte, (segundo a interpretação de cada um, claro), lutemos por um espaço com mais gambás fétidos, protetores e “irracionais”.

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