Acabo de ler uma
notícia sobre a morte de uma gambá de orelha preta que foi espancada até
agonizar num chão frio de um prédio. A pessoa que relatou o acontecido não
estava presente no ato do espancamento cometido por algum covarde tenebroso
que, sequer, respeitou um bicho indefeso que sangrava e agonizada enquanto as
porradas com um cabo de vassoura aconteciam. Os gambás são mestres em fingir
sua morte e, talvez por essa proeza, o agressor tenha parado os golpes deixando
o animal no chão. Graças aos deuses, há burrice demais em alguns dessa espécie
chamada homem.
Horas depois, ela, a
gambá, foi resgatada por uma moradora, (a mesma citada acima, quem relatou o
caso) e percebeu que havia 8 filhotes na bolsa marsupial. Os filhotes não
sofreram agressão, pois a mãe gambá sofreu a agressão e continuou na mesma posição-protetora
a noite inteira – de barriga pra baixo!
A moradora tentou
salvá-la, mas o animal já sangrando muito, com os dentes quebrados e extremamente debilitado, veio a falecer. Os filhotes foram entregues à polícia ambiental, passam
bem e, talvez, estejam protegidos de possíveis crueldades cometidas por imbecis
humanos.
Agora, pós notícia, esmoreço
nessa madrugada. Há um nojo pela maldade humana – da qual eu também faço parte,
eu sei! Mas me acalento um pouco ao saber que a gambá, mesmo com todo o
sofrimento, protegeu a sua cria pelo "instinto animal" e sobressaiu nessa
história como uma heroína, ultrapassando as possibilidades mentais dessa figura
humana agressora, insensível, cruel.
Bobagens e/ou não à
parte, (segundo a interpretação de cada um, claro), lutemos por um espaço com mais
gambás fétidos, protetores e “irracionais”.
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