Sentados no sofá, eu com as duas pernas cruzadas e ele com
as pernas esticadas, assistíamos “o club dos corações partidos” e entre risadas e toques
delicados - consequência da sintonia da pele em tons diferentes - ele fala que
o meu cabelo está com cheiro de gloss.
Mais tarde, abraçado ao meu corpo do amor, me deseja bons
sonhos com um eu te amo.
Respondo reciprocidade, porque explodo reciprocidade. E quando
o silêncio bate, balbucio migalhas sonoras a mim mesmo: anotar no caderninho essa
ideia: já posso morrer de sonhos.
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