na “minha” casa
os desconhecidos
adentram o meu quarto
adentram o meu quarto
sem permissão
e assassinam a
lógica
e distribuição
da poesia - minha mais valia -
na estante.
grito
- os livros só pertencem a mim.
- os livros só pertencem a mim.
mas pra todos
não há razão pra euforia:
não há razão pra euforia:
eu sou o fátuo da
vez,
grito sem motivos.
grito sem motivos.
então, sinto que
os sentidos
já se foram
ou nunca existiram:
já se foram
ou nunca existiram:
logo partirei
daqui.
estarei num lugar
onde
entendam a
importância
do verso e da
prosa
para este coração
faminto
de desejos.
Um comentário:
sinto tanto isso.
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