terça-feira, 14 de agosto de 2012


Preciso me acalmar urgentemente pra não tropeçar nos cadarços do tênis.  de abraços, de conversas bobas, de certezas claras, redundantes e dúvidas faltosas. de fala, falar, falares, flertes, dança da solidão-número par.  acordar com sol no rosto, correr na rua, à noite tomar banho de chuva, voltar pra casa e ter sorrisos. dividir dúvidas, cinema, silêncio com a cena da mocinha estranha. de explodir e, pôr pra fora, calma-cavalar, não figurar, transfigurar, ir além dessa maldita dor no estômago devida à deriva.  procurar vagas, disposições, balé de dedos&barbas, fuga da realidade-já, chorar-contido por agora. Meu Deus, por quê? Diversão, foco, mensagens com os olhos pra baixo, ser entendido, SMS.  nada de brincadeiras com a dependência, mas preciso agora de quem puder vir e dizer olá. de todos por pertos, por favor. Carência-luminescência! Entendimento, não tédio-alheio, porque isso já tá indo além, e além é a palavra feliz utilizada por mim quando há calmaria-cavalar. Droga, acabei de trair uma palavra!? de tantas coisas a serem ditas e escutadas, menos trêmulo mais murro forte na parede do quarto, não melancolia: sincronia, vendaval de papeis para uma bela fotografia, olhar no olho e ser novamente enxergado, sem exageros, apenas algumas denúncias internas, exclamação. Levantar, copo transparente com água ou chá de camomila descendo quente por entre as fendas de carne, levantar, terminar a leitura-compromisso, escrita-caótica, nada-poesia, esperanças pra amanhãs, reticências-agora. que seja doce.

2 comentários:

Tamires Melo disse...

Pode ser que não gostes desse comentário. Mas acho tua escrita tão a la Caio, o Fernando Abreu. Não é comparando, é o quê da leveza firme que tem ambas as palavras escolhidas. Fiquei lendo e em voz alta, pra fazer soar essas palavras e me deparo com o "que seja doce", reafirmando o que penso. E gosto do que penso. Do que penso e do que leio. Belíssimo texto, moço!

sabrina menedotti disse...

meu amor nao parei um momentinho enquanto... vc sabe.