terça-feira, 17 de julho de 2012


Sinto que por dentro uma pequena calma (igual a chuva que está caindo, fria e simétrica) volta a pestanejar. Sei dos meus abalos sísmicos, sei perfeitamente quando as minhas placas tectônicas chocam-se, mas gosto mesmo quando levanto da cama e o dia está nublado e aquele ventinho frio me sopra e, ao abrir a janela, olhando para o barulho, sinto uma calma que invade boa parte do corpo. Estou em paz, levantei, desejando o bem a todos, contente por estar de pé, firme, forte, poesia, todo amor. Posso não deixar claro a todo instante, mas há tanta gratidão em levantar e amar como se deve que, caso pusesse em práticas palavrais, me enroscaria em todas as consoantes e só a gagueira e pausas estranhas sobreviveriam. Por isso que calo, sinto “e tenho em mim todos os sonhos do mundo”.

Um comentário:

Tamires Melo disse...

Sem saber o que dizer, entendas que eu não disse nada.