Trimetilbenzeno
Não sei (nem sou)
das formas mórbidas,
do lugar comum,
dos espelhos de banheiro,
Das aparências e
inverdades: eu vegeto.
Caminho pelo
desconhecido, fantasio-me de avesso,
- envolto em várias partículas de outros erroseus -
Respiro 15
segundos embaixo d’água.
Mas no fundo não
entendo nada.
Não sou da forma
física, ao contrário,
Rodopio nas
mutações: sou monstro mutante
Com sapatilha de
balé em seus tentáculos,
Abominável homem
das neves brincando de escrever.
E disso tudo eu só
conjugo o verbo sentir,
Em seus parâmetros pessoais,
imperativos, presentes.
Ao avesso, me
escondo no sobrenome medo
Que perpassa o meu
dizer em pontos não finais.
No meio do
caminho, atropelo-me todo, chego a quebrar ossos,
corto dedo indicador, me ferro,
Esporro no poema. Sigo - Mas isso já relatei.
corto dedo indicador, me ferro,
Esporro no poema. Sigo - Mas isso já relatei.
Tendo certezas
momentâneas, sutilezas temporárias,
Olhares profundos, páginas desvendadas por Ele.
Sou uma espécia de escritura arredia, inverossímil,
côncava em sua ossatura: mordo,
lamento, soco. Quando me dei por gente
Num verão que já passou, dei a mim
Olhares profundos, páginas desvendadas por Ele.
Sou uma espécia de escritura arredia, inverossímil,
côncava em sua ossatura: mordo,
lamento, soco. Quando me dei por gente
Num verão que já passou, dei a mim
um nome
significativo:
arame farpado.
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