sábado, 21 de janeiro de 2012

Texto cor de Chuva



Agora bateu uma nostalgia de dia de chuva. Foi isso ou aquela vontade de chorar que estava presa desde a sessão de filmes com aquele que faz chorar por refletirmos quando o "eu deveria voltar atrás e ter feito diferente" passa a ser sentença de morte (dos dias, dos dias, dos dias), e não se pode mais voltar atrás e fazer diferente? 
E o tempo parece nunca ser o suficiente, os estudos, os livros, os próprios filmes, a droga da arte que fode com aqueles de “coração” sensíveis, essa vontade louca e cada vez mais forte que cresce em mim dizendo que tenho que jogar tudo pro ar e meter a cara nessa merda de computador e escrever até ver secar o meu estômago. Essa vontadezinha torta de merda presa na garganta, ditando pensamentos sobre as conseqüências do futuro que ainda virá.
Aquele friozinho peculiar chegou, dando aquela cor de céu de chumbo, que despenca a noite toda. Por consequência de todo esse céu assim (?), vou ficar em casa e não aceitar o convite dos amigos. Vai chover, de novo vai dar na TV. Vou ficar com frio, vendo fotografias, pensando sobre filmes (que tem sido o meu estado de espírito de agora) e saciar essa fome de palavras que estão desorganizadamente misturadas no me estômago de folha branca de papel virgem, sem linhas e ditames. E, quem sabe depois, quando/se essa inconstância megalomaníaca de vontades múltiplas (que sempre me perturba, batendo aos berros na porta do meu quarto) chegar, vou vomitar tudo e ver as palavras se misturando entre saliva, gosmas e bolo alimentar.

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