quinta-feira, 12 de janeiro de 2012



Há em mim in tarde uma grande vontade de acordeons argentinos, vozes agudas da Itália e sorriso da face do outro que está longe. Gerudiamente desejo tocar o teu calor com as minhas papilas gustativas realizando-se feito poros de pele, ou nadar frêmito, organizado e repetitivo das águas vivas do Atlântico, em consonância com o ritmo desacelerado do teu corpo branco, quente e lascivo de homem que olha capricorniamente no fundo. Queimo-me aguavivamente pelo desejo de depositar em tu a minha saliva quente de Dragão no cio que causa estragos monótonos e desassociados com o real gozo que vai além das ordens dadas pelos corpos dos afetos enroscados de sexo, lágrimas e poesia gritando em dó. Fui-me ao teu encontro em disparado feito bala de bandido desesperado pela chuva de bang-bang no céu. Chama-me com voz estridente e temperatura de fogueira. Chama-me. Vou. E por ir, grito-me em maiúsculas o teu nome até aproximar-se-me de tuas patas de capricórnio de terra que trotam e colide com os meus cifres de Carneiro de fogo.

Um comentário:

Natalhinha Marinho disse...

poxa... queria fazer um comentário mas fiquei sem palavras