Assim que eles se beijaram pela última vez, o outro soube que tinha sido a exata última vez. O amor foi-se pra longe de seu corpo. O outro, ainda o amava e era tão e todo amor (...). Saíram, foram pelas ruas a caminhar. Os olhares não se tocavam e o um nunca soubera bem o motivo real de toda aquela aspereza abrupta advinda do outro. Caminharam. Seguiram. No final da rua, do destino, agora sim, completamente diferente entre as partes, o um disse um até breve suave, com medo e lágrimas na vibração emitida pelo som da sua fala. O outro disse adeus, um ríspido e despreocupado com o dia seguinte. Para ele, não havia mais dia seguinte, até o um se manifestar com sangue nos olhos.
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Magno Almeida
18.08.2011
2 comentários:
Ah, seu fosse esse um eu matava mil! rs Muito bom. Mini-conto (?) arretado.
Gostei do jeito que conduziu a história. Vou acompanhar seus escritos, moço.
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