sexta-feira, 1 de abril de 2011

Não quero ter a terrível limitação de só me prender a tal (e tão famigerada) felicidade e conseguir provar o cheiro do sol e o toque do vento, quando eu somente estiver ligado, à carne-poesia, de um outro corpo em chamas.; e que, esse tal corpo concentre em seu âmago, prazeres e defeitos noturnos - "troços de loucos" - esquisitos e acolhedores; que o seu abraço comporte, inefavelmente, o meu corpo magro e defeituoso. Não quero ser aquele que dependa dos outros pra se bastar, mas acontece que quando caí a noite e corpos estão grudados em mim, sinto a amabilidade do mundo das coisas do sentir e então, vivo como se cada segundo de minhas horas fossem repletos de gozos duplicados, sejam eles sentidos na cabeça de cima ou na de baixo.

escrito agora, na manhã de uma sexta feira de calor.

3 comentários:

Sabrina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
sabrina menedotti disse...

põe cerveza,
tá calor.

Sampaio disse...

C.A.L.O.R