Poesia corta e sangra por dentro, praticamente no mesmo instante. Por dentro, mesmo sangrando e arquejante, é satisfatório, pois algo ganha vida, mesmo o "algo" sendo coisa e a coisa sendo eu.
Por fora: é-se, às vezes, indefinido, pois, eu sou ser de dentro e minha casca, quando não revela a minha solidão cabal, através dos meus olhos pra baixo, somente é uma casca que anda, nada mais.
Os monstros e fadinhas e diversos e diversos mundos e amores, estão por dentro - costurados nos músculos, emaranhados nas veias - e esses sim, sangram a todos os instantes, sejam eles mudos, falantes, breves ou bravos.
Escrevo aqui, em carne viva!
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