domingo, 31 de maio de 2009

A "coisa" que não tem nome é chamada de "coisa".


Hoje acordei com uma sensação estranha no peito. A cada passo dado por mim, tanto ainda em casa quanto no chão molhado da rua, meu coração palpitava intensamente pedindo uma coisa: escreva um romance!
Juro que escreveria, juro que te daria de presente e juro que não escolheria as palavras, deixando-o assim, com um caráter mais que perfeito - palavras não selecionadas, jogadas a sorte como dados numa mesa de jogo, a palavra que viesse, seria bem vinda - Eu, simplesmente, escreveria com intensidade, pois quando escrevo, seja de verdade ou de mentira, tento, a cada rabisco no papel, me entregar às palavras, sendo assim, inevitavelmente, por uma força que não sei atribuir um nome correto (vai que nem existe), cada palavra, exatamente cada palavra moldada, no final das contas, se torna Eu. Sou então, desde uma perninha de A a um tilde do i.
O romance não veio, a vontade de escrevê-lo sim, sempre! Ainda assim, romance nenhum saiu.
Mesmo vendo céu nublado, caos e ... o romance não saiu.

4 comentários:

Tay disse...

Clarice Lispector de cueca. D:

Anônimo disse...

hahahahah, brigado =D Adorei seu blog. E seu texto está ótimo. Adorei, adorei mesmo.

Lídia Santos disse...

Pena te decepcionar, mas o sobrenome não é meu =$

É do Renato Russo.

Sou interessante ainda?
=*

Lídia Santos disse...

Adorei o seu texto xD
e todo o blog.

=*