domingo, 14 de dezembro de 2008



Tinha ele 20 anos, e todas as noites, escutava prantos em notas musicais que o inspirava a sumir. Quando não, estava sempre metido em ínfima tristeza por debaixo dos lençóis. Dizia ele que algo dolorido doía e tal afirmação não é uma redundância.
Ele precisava de um abraço, e não de força e vitalidade em formato de pílulas fortíssimas.Pensava e desdobrava-se sobre a existência humana, coisa que muito o atormentava. Vez e sempre em que refletia, menos conseguia se esclarecer ou explicar...Vivia a vida dos outros, partilhada de momentos não seu; jurava ele que assim, esqueceria parcialmente do tormento que era suas noites.Às vezes, ele se teletransportava para um outro mundo, mas quando voltava a si, as conseqüências eram três vezes mais doridas.
...
Continua.

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